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O missionário Saltimbanco

 Gentileza chegou a ser internado no Rio de Janeiro. Mas deixou um legado para a cidade.

Por.: Leonardo Guelman


Ele era uma espécie de cavaleiro andante contemporâneo. Suas aparições inusitadas se davam em momentos de grande movimentação. Ficar indiferente à sua chegada, de estandarde na mão, cheio de apliques e penduricalhos, era impossível. O fato é que Gentileza era um profeta, e assim se dirigia às pessoas. Se num primeiro contato ele podia causar estranhamento, logo essa impressão se tornava em fascínio  de poder ouvi-lo de perto e conhecer toda sua lucidez de sua "desrazão".

Porém, o entendimento do alcance da mensagem de Gentileza não se restringe  à possibilidade singular desse contato. É a aproximação com seu Verbo e sua visão de mundo que permite que ele seja visto como um profeta do final do século XX: brasileiro, nômade e meio saltimbano. Avesso as instituições religiosas, ele denunciava uma crise profunda nas relações humanas e o individualismo crescente. Também questionava os valores da sociedade capitalista.

O que destinguia Gentileza como profeta era o fato de ele aparecer como um apontador de rumos, conduzindo seus seguidores em plena metrópole. Por isso, mais que um personagem pitoresco à margem da sociedade, o porfeta soube revelar, a partir de sua poética e da sua plástica, os avessos e contradições  da realidade que nos cerca. Isso demostrava sua sensibilidade e sua intuição para captar alguns dos grandes impasses da atualidade. (...).

Matéria completa na Revista de História da Biblioteca Nacional Ano 6 / Nº 63 / Dezembro de 2010.

Marisa Monte prestou homenagem a uma figura curiosa e já folclorizada no Rio de Janeiro. Gentileza era uma espécie de “profeta moderno”, um andarilho que saiu pelas ruas da cidade durante quarenta anos pregando a boa convivência entre os homens. No dia em que ela foi gravar um comercial para a Campanha da Paz, junto com Carlinhos Brown. “O Gentileza tinha deixado mensagens escritas nos pilares de um viaduto. Chamei o Brown e disse que ia mostrar algo chocante. Quando chegamos lá, fiquei muito triste em ver que haviam passado cal por cima, apagando as mensagens. No dia seguinte, escrevi a música. Foi bastante sintomático o fato dessas mensagens de sabedoria serem encobertas em um momento em que o Rio de Janeiro anda tão violento”, observa a cantora e compositora. By Yahoo Respostas.

VEJA O CLIP DA MÚSICA
 


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 Gentileza, 9min, 1994, de Dado Amaral e Vinícius Reis

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