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Por.: Antonio Marcos de Almeida Ribeiro
Para a disciplina História e Historiografia da Bahia no século XIX

Vem, a Bahia te espera. É uma festa e é também um funeral. O seresteiro canta o seu chamado. Os atabaques saúdam Exú na hora sagrada do padê. Os saveiros cruzam o mar de Todos os Santos, mais além está o rio Paraguaçu. É doce a brisa sobre as palmas dos coqueiros nas praias infinitas. Um povo mestiço, cordial, civilizado, pobre e sensível habita essa paisagem de sonho.
Vem a Bahia te espera.
Jorge Amado

Introdução

A cidade de Salvador no século XIX era uma metrópole regional na qual se concentrava um intenso fluxo de trocas e redistribuição de mercadorias. Essa cidade mestiça, também guardava inúmeras incongruências em suas relações sociais e étnicas. O presente artigo analisa os principais aspectos sobre a constituição da cidade de Salvador, articulando as posições políticas e sociais. Um panorama acerca da vida social, política e econômica.

A implantação do Estado absolutista português no Brasil mudou a face da colônia. Modificações que abrangeram as esferas da economia, política e cultural. Com a presença da corte no Brasil cria-se como diz Carvalho (1986) uma “ideia de império” começando a se esboçar um sentimento nacionalista. A vinda da família real será o ponto de partida, o arremate da independência e implantação do I Império. A independência brasileira é bem peculiar em relação das independências no restante da América. A sua marca será a permanência da mesma estrutura política/econômica sem grandes mudanças no cenário nacional. E:

Se, no século XVIII, Salvador fora o maior centro urbano do império português, depois de Lisboa, passava ela agora, com o século XIX, a um outro segundo lugar. Convertera-se na maior cidade do império – e, depois, da república – do Brasil, depois do Rio de Janeiro, sede efetiva do Reino Unido, ao tempo de D. João VI, capital imperial sob D. Pedro I e D. Pedro II, capital republicana, a partir de 1889. (Risério, 2004: 313).

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