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Por.: Antonio Marcos de A. Ribeiro
UNEB/Campus XIII

Durante o Império Romano o Cristianismo refletia os anseios de grande parte da população ganhando muitos adeptos o que contrariava os ideais do Império. Isso gerou perseguições com diversas intensidades até finalmente ser aceita como religião oficial do Estado. Quando o Império caiu essa instituição sobreviveu sendo fundamental no processo de transição do mundo antigo para o feudal.



A Igreja marcou sua presença no mundo medieval com imenso poder econômico, político e cultural. Sua presença estava impregnada no dia-a-dia com tal força que intimidava indivíduos e instituições. Todos estavam sob a susserania do Papa no qual desde homens comuns passando por reis e imperadores estavam subordinados. Ser membro da sociedade feudal era consequentemente ser membro da Igreja. Direitos civis e políticos passavam por ela. Era a Igreja que dava abrigo a todas as almas no sentido espiritual e no plano ideológico. Ela prestava serviços sociais e controlava a educação onde Santo Agostinho e Tomaz de Aquino lançaram as bases de síntese teológica medieval monopolizadora da instrução.



A elaboração da vida, a cultura e a mentalidade de uma época desenvolveu-se pressupondo encontrar Deus como resposta a todos os sentidos da vida. Para ajudar o individuo a encontrar seu destino espiritual ela apontava para o Céu como único caminho a salvação. Por isso procissões, catedrais, mosteiros, relíquias, peregrinações, cruzadas, inquisição eram meios com a missão de ajudar o fiel em sua espiritualidade. Era dessa forma, intermediários entre Deus e os homens. Sendo assim, explorava os temores dos homens apelando para santos e anjos neutralizadores de demônios, protetores da saúde auxiliando no cotidiano, na fertilidade dos campos e das catástrofes.



As alusões simbólicas, as lendas, o espaço tudo remetia a fé. Dogmática como era denominou-se autoridade máxima tanto no plano espiritual como no terreno pretendendo ter caráter universal por isso denominou-se Igreja Católica Apostólica Romana onde não haveria espaço para contestação o que acarretaria inquisição. Dessa forma torna-se uma espécie de Monarquia pontifical influenciando em toda sociedade medieval. A influência da Igreja crescia a medida que se estruturava na forma de uma organização administrativa igualando ao regime civil tornando-se dessa a maior proprietária de terras da Europa adotando o mesmo sistema ao dos senhores feudais.



Em síntese, a mentalidade medieval perpassava pelo Teocentrismo, onde Deus era o centro de todas as coisas. A Igreja tornou-se importante no sentido de preservar a herança cultural greco-romana dentro de seus mosteiros através de copistas que preservavam o conhecimento clássico em suas bibliotecas onde podem ser encontradas até hoje.



REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO



ANDERSON, Perry. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo. São Paulo: Brasiliense, 2007.



DUBY, Georges. Senhores e camponeses. São Paulo: Martins Fontes, 2001.



FRANCO JÚNIOR. Hilário. A Idade Média: Nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2006.

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