Por.: Antonio Marcos de A. Ribeiro
Curso Mídias e Educação - UESB
A integração das mídias em educação não é um processo tão simples como se imagina. Existem várias etapas que perpassa desde a preparação do profissional até a aquisição do suporte necessário. O ponto crucial é o de como realizar essa integralização de forma crítica onde todos participem.
Curso Mídias e Educação - UESB
A integração das mídias em educação não é um processo tão simples como se imagina. Existem várias etapas que perpassa desde a preparação do profissional até a aquisição do suporte necessário. O ponto crucial é o de como realizar essa integralização de forma crítica onde todos participem.
Apenas ter acesso as mídias não é suficiente um contexto deve ser preparado par que haja um diálogo aberto entre o estudante e as formas de utilização das mídias. O advento do computador trouxe consigo a capacidade de agregar várias mídias (sons, imagens, textos, etc.) criando várias possibilidades de aprendizado que de outra forma não seriam realizadas. As mídias em geral requerem linguagens e códigos específicos, dessa forma, implica dizer que, a integração ao projeto pedagógico requer mediações diferenciadas à formação do educando. Eis necessário uma preparação para que utilizar de forma eficiente potencializando o uso de forma significativa e adequada a sua realidade.
O trabalho com pedagogia projetos ultrapassa as aulas tradicionais, que são puramente memorizadas, que logo são esquecidas e desconectadas da vida real. Além de proporcionar melhor eficiência na questão de ensino e aprendizagem. A ideia é que o professor passe a ser um mediador, ou seja, alguém que estimulará a aprendizagem. Não dando apenas informações, mas organizando estratégias para facilitar as transformações e o desenvolvimento do discente. Esse tipo de trabalho viabiliza a interação das mídias na educação.
Apesar das muitas mudanças ocorridas a escola ainda abriga em seu meio traços de um tradicionalismo que teima em resistir. Entrando por vezes em choque entre o novo e a velha sistematização do ensino. Por isso algumas mudanças se dão de forma morosa. Os estudantes vivem e ‘respiram mídia’ constantemente, é chamada a geração ‘Z’ uma alusão as pessoas nascidas a partir da década de 90 inseridas completamente no mundo das TIC’s. Os professores nascidos em outra geração por vezes sente esse descompasso, não conseguindo acompanhar seus alunos no domínio das tecnologias. Alguns tornam resistentes a implementação das mídias em seus projetos preferindo de forma cômoda as velhas maneiras de se ensinar e aprender.
A escola pode ter computadores, sala de informática, e toda parafernália que o acompanha, mas se o professor não comprar a ideia causará uma frustração as expectativas. O foco é trabalhar a integração das mídias com o professor fazendo com que ele seja motivado e tenha as condições necessárias que ocorra as mudanças. Envolver o professor para que seja um multiplicador/mediador entre seus alunos focado na construção do conhecimento a partir dessas novas estratégias pedagógicas. Os professores são agentes referenciais nessa sociedade cada vez mais complexa e virtual. Por isso a integralização das mídias em educação deve em primeiro lugar passar por eles.
A viabilização dessa nova forma de trabalho pode ser inserida a partir de projetos pedagógicos afunilando mídias e conteúdos nas diversas áreas do conhecimento. Em situações de grupo com interações mediadas as aprendizagens tornam-se mais significativas atendendo a realidade atual. O professor/mediador acompanha o aprendizado analisando e observando realizando o projeto conjuntamente dando condições para que o aluno articule e formalize suas ideias.
O projeto antecipa uma intencionalidade transformadora da realidade prepara um percurso confiável onde se palmilha o caminho do conhecer. A articulação entre projeto pedagógico, conhecimentos, tecnologia e mídias é viável desde quando obedece algumas considerações: as ações que se deseja realizar, agregando as características constitutivas dessa integralização e a problematização com novos conhecimentos relacionados com os objetivos.
Dessa forma deve envolver professor, aluno, tecnologia, comunidade criando um ambiente de aprendizagem selecionando as mídias necessárias que ele domina que permita incrementar nas atividades propostas. Aprofundando a compreensão do projeto em pauta. O ponto de partida será o diagnóstico como forma de conhecer identificando as mídias existentes e que os alunos conhecem. Além das potencialidades de sua clientela. Assim dessa forma permite traçar estratégias, atividades e soluções aos desafios estabelecidos.
O próximo passo, após diagnóstico, é montar um projeto que supra as necessidades da comunidade escolar envolvendo todo ambiente de aprendizagem, que está para além dos muros da escola. Contemplando todos os itens necessários para um bom projeto expondo as ideias e conceitos e uma trajetória de como realizará o projeto.
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